31 julho 2011

Mídia

Se você pudesse trocar sua sogra pela iorguteira Top Ther, você só iria falar de coisa boa, né?

Com essa frase sem graça e de quase nenhum sentido, começo o post de hoje falando sobre a mídia, que vem corrompendo a cabeça de milhares, convencendo telespectadores a fazer de tudo: de comprar bugigangas a passar informações desnecessárias.

Como todos sabem o brasileiro compra tudo o que vê ser anunciado pela TV. Seja à vista ou dividido em cinco vezes no cartão, mesmo devendo até o ultimo cabelo do cu.
Um exemplo fiel disso são as novelas da Globo, que tudo o que o personagem veste ou usa é copiado por alguém, seja o modelo da roupa ou mesmo o batom que foi usado semana passada.

Foi uma coisa que muito se viu em 2009, durante a exibição da novela ‘Viver a Vida’, com colar de Lilian Cabral.


Aposto que na época, por onde você passasse, oito entre dez mulheres usavam esse colar por estar todo escancarado no pescoço da personagem, sendo que muitas correram para as lojas para comprar uma por se acharem lindas e ou para fazer inveja naquela amiga olhuda. No ano em que a novela foi transmitida, vi umas seis mulheres usando isso. Culpa de quem? Se você disse “da Globo”, errou (porque se você parar pra pensar, ela tem um pouco de culpa aí)! É culpa da mídia, claro!

A maldita mídia também já me fez de vitima, nos tempos dourados da Manchete, entre os meus 6~7 anos de idade, quando passavam aqueles programas ‘Winspector’ e ‘Walter Mercado’ (o ultimo famoso por seu: “Ligue, já!”).




                                                                  

















E nesses dois programas da extinta TV Manchete sempre tinha propaganda de ambos para que o telespectador ligasse. O primeiro para conversar com o heroi principal e falar sobre o episódio do dia, e o segundo para saber da sorte, pelo que eu me lembro. E o bobão aqui ligava todos os dias, sendo que nunca consegui conversar com nenhum dos dois. Surpresa mesmo foi no final do mês, quando a conta de telefone veio e minha mãe descobriu, contou para meu pai e a chinelada rolou solta nesse dia (não riam, ok?).


Mas a mídia também faz um grande escarcéu com uma pequena coisa que, logo, logo, vira noticia internacional. Como foi o caso da menina Isabella Nardoni.


Que acabou virando manchete, fazendo todos irem para cima, bombardeando com questionamentos, perguntas e até coisas impossíveis de tão ruins eram as perguntas.

Mas sabe qual e a verdadeira historia por trás disso tudo? Ela vem de uma família rica ou de uma situação financeira estável, se preferirem. Sendo assim o foco da reportagem é grande porque a família “tem nome” e é importante na liga da cidade onde moram. #eunicefeelings
E como ficam as crianças que todos os dias morrem por causa de padrastos, madrastas, pais biológicos ou coisas do tipo a todo o momento no Brasil? Todos os dias uma criança é jogada de uma janela e a mídia sempre tapa o buraco com a peneira, simplesmente por essas pessoas não serem “ninguém” na sociedade. Na época, muitos disseram uma coisa e eu concordo: ''Sim, triste é, mas não tenho dó, porque todos os dias isso acontece no Brasil''. Fato!

Mídia também é covarde e não se viu tanta covardia no caso de Realengo esse ano. Jornais falando sobre o mesmo assunto depois de 5 dias passados após o atentado, repórteres insistindo em fazer entrevistas com as pobres crianças vitimas do massacre. Sendo no cemitério, em casa ou até na porta da escola, prestando homenagem para os colegas. Os repórteres estavam lá e faziam sempre as mesmas perguntas: ''Você sentiu muito medo?'' ''O que você sente agora?'' ou ''O que você se lembra do momento?’'.

Porra! Para que saber de uma coisa dessas, já que a resposta vai ser sempre a mesma e todos sabem de cor e salteado? Querem matéria e cravam até coração da vítima, se preciso. Aposto que muitos dos que assistem não querem ver depoimentos e, sim, o núcleo da reportagem.

Minha cidade sempre apareceu no Jornal Nacional falando sobre coisas que NUNCA foram boas e sempre passando coisas negativas. Exemplo disso é que eles sempre falam sobre drogas, violência e quando o rio transborda. Sabe de uma coisa? Sim, toda cidade tem usuários e violência, mas pelo jeito como eles falam, parece que a cidade vive em guerra e ainda falam que certos bairros são isso os piores.

Eu moro aqui desde que nasci - 20 anos para ser mais exato - e eu nunca fui assaltado, baleado ou me ofereceram drogas ou coisa assim. O jornal Candides daqui não é crítico como o JN, quando se fala da cidade e o primeiro sempre mostra a verdade nua e crua, ou seja, nada de violência.

Ps: Vote na nova enquete ali em cima: Em qual região você mora?
Ps 2: Em Bob Esponja tem um esquilo que mora em baixo da água. Por quê ?












2 comentários:

  1. Amei o post uashuasha li ate em voz alta, enfim, o ganha pão da midia são as desgraças alheias, mas se bem que por um lado a culpa nem é somente da midia e sim do publico alvo, o povo brasileiro gosta de tragedia, drama e sensacionalismo.
    Você ve um jornal falando d anova construção da escola e dos hospital novo, mas nao compra, mas se ver aquele jornal com uma capa escrito e, letras garrafudas dizendo sobre MORTE e sangue e tragédia voce ja muda de opinião, oq move o brasileiro e quiçá o mundo são tragedias.. Coisas negativas é o foco..

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  2. A mídia só quer saber de tragédia mesmo, e deu. Se você for olhar o jornal vai ver que 80% das notícias são sobre roubos, assassinatos, doenças.
    Como você disse, isso passa a imagem de que o lugar (nesse caso o mundo) só vive em guerra, com desgraça pra tudo quanto é lado. Eles tem que mostrar esse tipo de coisa sim, mas ás vezes é bom passar algo que mostre o lado feliz do mundo.

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